segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Hoje as lembranças só me sufocam
as magoas me cegaram
Uma carcaça sem vida
continua na estrada

máscaras confundem minha mente
cercado de hipócritas
afundado na lama até o pescoço
eu te chamo e você não quer ouvir

Sem amanhã
assombrado pelo ontem
eu sinto a mão amiga forçando o punhal contra meu peito
O amor devorou minha alma

Oh! quem me dera o fim chegar aqui
Não! A estrada esburacada está no começo
e o fim não será aqui
Sinto falta do seu calor em minha cama
das noites que a dor era prazer
que mesmo sendo dois nos tornávamos um
sentindo o suor do seu corpo se misturar ao meu

Meu amor foi minha ruína
entregue ao mar da solidão
sem o óbolo para atravessar o rio até os campos Elísios
sem armas para lutar pelo Graal

Lembre-se disso minha criança
sem fé a cruz é apenas uma madeira morta
Minha alma se incendiou numa falsa paixão
E um beijo em meu rosto sela o acordo